sábado, 8 de dezembro de 2007

Estrelas

Plutão atravessou-se à minha frente e fez-me tropeçar, mais do que uma vez, mas tu disseste-me que aquele planeta tão minúsculo e molesto já se está a afastar, que já falta pouco para poder continuar a subir degraus, as alturas nunca me assustaram, bem me disseste, mas agora sem cair, mostraste-me o que se passou e o que se vai passar, que aquela pedrinha insolente não vai voltar a aparecer, acreditei, desde o primeiro minuto, não sei como, mas conseguiste entrar e ver, através dos meus olhos, foste capaz de me dizer quem sou e o que vivi, como se me conhecesses desde bébé, arrumaste, organizaste, explicaste, afinal tudo tem uma explicação, parecia que tinha voltado a ser criança e, atentamente, ouvia-te para saber como se faz, falámos de tanta coisa, também me pegaste nas mãos, fizeste de astrólogo, psícólogo, professor, pai, amigo e até de homem, também me deste colo, mostraste-me a importância de tudo, do que não preciso e do que me faz falta, quando me acompanhaste ao carro, deixaste-me tão leve, capaz de rasgar o céu a qualquer momento

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