domingo, 17 de fevereiro de 2008

Tempo (1)

Dor-de-cabeça e ar murcho, logo à porta, um beicinho enternecedor, talvez fosse febre, mas nada disso, não precisava, mas tirei teimas ao pegar-te ao colo e dar-te um beijo para te medir a temperatura, conheço tão bem os teus 36,4 graus, não te doía nada, o que te faltava era só o colo e o mimo dos meus braços, era do meu tempo que precisavas, dizem que é pouco, até pode ser, mas é dele que tu gostas, podia ser mais, mas é ele, mesmo que seja curto, que te cura tudo, é o meu teu tempo que tu queres, nós sabemos que o tempo é aquilo que se faz dele, seja muito ou pouco, e cada um só sabe do seu, de mais nenhum, o nosso é muito, é muito bom

1 comentário:

S. disse...

Bonita perspectiva da importância do nosso tempo para os outros.